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Em Iracema vemos o uso de figuras de linguagem para passar ao leitor a imagem do cenário: “Verdes mares bravios [...], onde canta a jandaia nas frondes da Carnaúba”.
De uma forma bem descritiva, Alencar vai construindo o ambiente com metáforas e comparações: “Mares que brilhais como liquida esmeralda”. “Alvas praias ensombradas de coqueiros”.
Chamar o leitor para si também é um estilo de Alencar. Como um marketing, ele vai criando suspense e prendendo o leitor como vemos em Senhora na sua introdução: “Ao leitor [...]. A história é verdadeira, mas a narração vem de outra pessoa”.
Descreve com detalhes a burguesia da época na personagem de “Aurélia Camargo que atravessou a corte como meteoro brilhante com a sala cheia de adoradores por causa de sua riqueza e formosura”.
A idealização da mulher e do homem é explicitamente visto no livro TIL: “Ela, pequena, esbelta, ligeira, inocente e virgem religiosa”. “Ele, alto, ágil, robusto, elegante”.
O herói guerreiro na forma de índio, a beleza da pátria e os personagens lineares são também uma das variedades formais e estilístico que Alencar usa em suas narrações como vemos nos trechos a seguir:
“Uma história que me contaram nas lindas várzeas onde nasci, onde a lua ilumina os campos e a brisa sopra nos palmares”.
“Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da Graúna e mais longos que as folhas da palmeira”.
“[...] um príncipe que pisa as ricas alfombras”.
Portanto, Jose de Alencar é ícone do Romantismo brasileiro, escreve e descreve o social, a política, a terra, as pessoas de uma forma idealizada que é a marca do Romantismo com exageros de detalhes e que torna-se até mesmo superficial em alguns pontos, por causa de seu estilo descritivo e exagerado sem profundidade nos personagens ou em seus conflitos internos que é essencial em cada ser humano fazendo de todos super-heróis e super-heroínas.
Guilherme Parada Pinheiro
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